Irmãos são presos por manterem cadáver do pai em decomposição escondido por seis meses dentro de casa
- Saimon Ferreira
- há 4 horas
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Polícia investiga se irmãos pretendiam sacar benefícios financeiros e se sofrem de algum transtorno psiquiátrico; o crime aconteceu no Rio de Janeiro

Os irmãos Marcelo Marchese D’Ottavio e Tania Conceição Marchese D’Ottavio foram presos por manterem o corpo do pai em decomposição em casa, no Rio de Janeiro.
A polícia encontrou o corpo de Dario já em estado esquelético sobre um colchão na cama de um dos quartos da residência da família, uma casa de quatro andares na região do Cocotá.
A polícia estima que o cadáver estava no local havia ao menos seis meses. Marcelo e Tânia tentaram resistir à prisão, segundo a polícia.
Os dois ainda não possuem defesa. A investigação apura se os irmãos mantiveram o pai morto em casa para sacar benefícios financeiros. Segundo o delegado que apura o caso, Felipe Santoro, também será verificado se os irmãos sofrem de algum transtorno psiquiátrico. Ainda de acordo com a polícia, não está descartada a possibilidade de os filhos terem cometido assassinato e ocultado o corpo.
“A investigação busca esclarecer as causas da morte, determinar o momento exato do óbito e apurar se houve crime de homicídio ou se a morte decorreu de causas naturais. Sabemos que o corpo estava na residência há pelo menos seis meses, mas ainda não é possível afirmar o que levou os filhos a manterem o cadáver por tanto tempo” disse Santoro.
Por ora, os irmãos são suspeitos pelos crimes de ocultação de cadáver, resistência e lesão corporal. Eles aram mal após serem presos, mas foram levados a um hospital, atendidos e liberados.
A polícia chegou ao local após ser procurada por vizinhos que estranharam o desaparecimento do idoso. Eles costumavam jogar cartas juntos em um parque próximo e Dario nunca mais teria ido ao local.
O quarto onde o corpo era mantido ficava no quarto andar da residência, e havia um pano no vão da porta para isolar o cheiro. Dentro do imóvel, os policiais também encontraram bens aparentemente novos. Agora a polícia vai apurar se os itens teriam sido adquiridos com recursos financeiros do pai, após a sua morte. Os dois estão internados em um hospital, sob escolta policial, após apresentarem sinais de possíveis transtornos psicológicos.